O Rio Marañón, nas profundezas da Amazônia peruana, abriga uma vasta rede de aldeias governadas pelos Karuara, que significa povo do rio em Kukama-Kukamiria. Segundo Mariluz Canaquiri, o rio é mais do que apenas um corpo d’água, é um ser vivo. Enquanto empresas estrangeiras lucram milhões com os recursos da Amazônia, as comunidades indígenas carecem de desenvolvimento básico, como escolas, assistência médica e água potável. Ela lidera uma federação de mulheres Kukama que move uma ação judicial inovadora exigindo que o governo peruano reconheça o Rio Marañón como uma pessoa jurídica, com direitos.