O Filmambiente 2021 acontece de 28 de outubro a 3 de novembro, online e gratuito para todo o Brasil.
Sob o impacto de circunstâncias que seguem adversas, voltamos os olhos para o melhor da produção recente, em busca de ensinamentos, que nos ajudem a atravessar esse momento já tão extenso, e alento para abraçar o novo mundo que se desenha. O programa que preparamos para 2021 reflete isso: uma grande diversidade de temas, mais de 20 mulheres realizadoras, e uma mostra de cinema indígena.
Com filmes dirigidos ou produzidos por coletivos ou indivíduos de grupos étnicos originários de suas regiões, a partir de seus próprios pontos de vista. Uma homenagem às suas trajetórias e lutas e também à sua produção cinematográfica, que vem crescendo e se destacando mundo afora.
Em 2020, segundo a ONU, o número de deslocados e refugiados bateu recorde, numa escalada de uma das questões globais mais delicadas das últimas décadas. Nesta mostra, os dramas, traumas, o dia-a-dia de indivíduos que, geralmente contra a sua vontade mais profunda, e por motivos diversos – políticos, ambientais, conflitos – precisam abandonar seus países e encontrar um novo local para viver.
Com filmes que comprovam a força da militância, em todas as idades e em diferentes partes do mundo. Sejam indígenas lutando pela manutenção de seus territórios no Brasil, pequenos produtores rurais do Congo se organizando para manter suas formas de produção tradicionais viáveis no mundo contemporâneo, ou jovens ativistas do norte global buscando na ciência e nos conhecimentos de povos tradicionais respostas para a construção de um futuro viável à vida no planeta; essa mostra nos dá um sopro de esperança!
Filmes que falam, cada um à sua maneira, da necessidade urgente da restauração de ecossistemas, também tema urgente na atual agenda global da sustentabilidade, ao qual a ONU dedica a década de 2021 a 2030.
Filmes que mostram, no Oriente Médio, Europa, América do Norte, África e Oceania, diversos aspectos dos problemas que a vida marinha enfrenta e da urgência em serem encarados com responsabilidade global. A mostra é uma contribuição à chamada de atenção ao tema, ao qual a ONU também dedica a década de 2021 a 2030.
Além das mostras temáticas, temos a competição de documentários de longa metragem, com filmes que também refletem os temas mais atuais, como racismo ambiental, migração e desterro, a marginalização de comunidades indígenas, consequências do antropoceno, colonialismo e mudanças climáticas.
E, pela primeira vez, teremos uma competição de curtas em animação. Filmes produzidos em países tão diversos como Irlanda, Holanda, Noruega, Suíça, Áustria, Argentina, Portugal, França, Espanha e Irã, com diferentes técnicas, abordagens e perfis, falam de extinção, desmatamento, escassez, esgotamento de recursos, mas também de restauração, conservação e até de celebridades falsamente ambientalistas.
